Scholz ficou chateado com os comentários confidenciais feitos por Macron, mas ficou surpreso ao saber do anúncio público, ao qual reagiu rejeitando a opção de participação direta com tropas no conflito ucraniano, informou o jornal The Daily Telegraph.
Para o jornal, a radicalização da posição de Macron relativamente ao referido confronto estaria relacionada com a sua intenção de se apresentar como uma força dominante na Europa, em meio às mudanças políticas no mundo e na própria França.
Em 24 de fevereiro de 2022, o presidente Vladimir Putin ordenou uma operação de guerra para proteger a região rebelde de Donbass, que denunciou oito anos de genocídio em Kiev, bem como para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia.
A publicação considera que as declarações do líder francês prejudicaram claramente Scholz, que enfrenta forte pressão de outras potências ocidentais para fornecer cruzadores de longo alcance Taurus a Kiev.
Recentemente, a televisão russa transmitiu uma gravação de 38 minutos entre quatro oficiais superiores alemães que discutiram a possível utilização do Taurus para destruir a ponte que liga a Crimeia à Península de Ataman, na região de Krasnodar, no sul da Rússia.
Na referida palestra, os militares alemães reconheceram a necessidade de realizar esta operação, sem que fosse rastreável a participação de Berlim nela. Além disso, referiram-se à existência de uniformizados britânicos e estadunidenses na Ucrânia.
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