“A paz não é apenas um direito legítimo de todos os povos e de todo ser humano, é uma condição fundamental para o gozo de todos os direitos humanos, em particular o direito supremo à vida”, enfatizou a representante da ilha, a embaixadora Dulce Buergo, falando no debate geral.
Acompanhado pelo embaixador de Cuba na UNESCO, Yahima Esquivel, o diplomata destacou que o mundo precisa de paz para concentrar toda a sua capacidade, inteligência e recursos no enfrentamento de seus grandes desafios.
Nesse sentido, ele definiu os verdadeiros inimigos da humanidade como a fome, a pobreza, as mudanças climáticas, o analfabetismo, as doenças, a desinformação, o esgotamento dos recursos naturais e a crescente marginalização.
Buergo destacou o potencial da Unesco para travar essa batalha por meio da solidariedade, da cooperação e da unidade de seus estados-membros.
Sobre a questão da paz e a urgência de que ela prevaleça, ele lembrou o passo dado pela América Latina e pelo Caribe em 2014, quando, na segunda cúpula de sua Comunidade de Estados (Celac), em Havana, proclamou-se uma Zona de Paz, a primeira do planeta.
O representante cubano também chamou a atenção para o fato de que se aproxima o ano de 2030, que é a data prevista para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, com metas para a pobreza e a fome, educação, saúde, igualdade de gênero e acesso à água, entre outras.
Vemos com preocupação o quanto estamos nos afastando do cumprimento dessas metas e como o financiamento de guerras e a produção de armas são favorecidos em detrimento do investimento em desenvolvimento sustentável”, alertou.
A 219ª Sessão do Conselho Executivo, um dos órgãos de governança da Unesco, acontece de 13 a 27 de março, com a participação de Cuba como um de seus 58 membros, representada pelos embaixadores Esquivel e Buergo.
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