O presidente, acompanhado pelo ministro de Energia e Minas, Vicente de la O Levy, explicou à jornalista Arleen Rodríguez o envolvimento do governo estadunidense e de grupos terroristas radicados nos Estados Unidos em ações contra a ordem interna do país, aproveitando a difícil situação que atravessa a ilha caribenha.
O chefe de Estado explicou no Desde la Presidencia (um novo programa de mídia) que os longos e incômodos cortes de energia e a instabilidade na distribuição da cesta básica nos primeiros meses do ano, devido à complexa situação econômica do país, geraram reclamações de pessoas em vários territórios.
Esses lugares foram um distrito de Santiago de Cuba e a cidade de El Cobre, nessa província, e um bairro em Bayamo, principalmente, onde algumas centenas de pessoas saíram às ruas para exigir explicações e reclamar sobre esses problemas.
Essas pessoas, disse ele, receberam uma resposta imediata das autoridades políticas e administrativas locais e provinciais, que explicaram as circunstâncias por trás dessas deficiências, causadas principalmente pela intensificação do bloqueio dos EUA nos últimos quatro anos.
Ele disse que a inclusão de Cuba na lista unilateral de Washington de países que supostamente patrocinam o terrorismo teve consequências terríveis para a população da ilha.
Díaz-Canel destacou que, em meio a essa situação, houve decisões administrativas mal tomadas e elementos de burocracia, especialmente na distribuição da cesta básica de alimentos, que, segundo ele, é realizada em condições muito complexas.
Explicou que nos últimos meses faltaram a Cuba dois combustíveis fundamentais para conseguir a cobertura da geração de eletricidade nos momentos de pico de demanda.
Afirmou também que, entre as pessoas que se manifestaram, houve aquelas que tentaram provocar o caos, mas foram isoladas pela população após a explicação das autoridades, embora as plataformas contrarrevolucionárias nas redes sociais tenham tentado ampliar o ocorrido, inclusive usando técnicas de inteligência artificial.
Esse evento demonstrou a perversidade das agressões contra Cuba e ratifica a convicção de que tudo responde a uma plataforma que busca uma explosão social no país para acabar com a Revolução, que tem suas origens no famoso Memorando Lester Mallory de 1960, disse ele.
No espaço, o Ministro de Energia e Minas se referiu às ações que o país está tomando para aliviar a situação criada pela crescente hostilidade de Washington.
Na página da Presidência da República no YouTube, o líder cubano refletirá semanalmente sobre uma ampla gama de temas nacionais.
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