No dia dedicado à segurança cibernética no evento, o vice-ministro das Comunicações, Ernesto Rodríguez, disse que, como nunca antes, as falsas atribuições de ataques cibernéticos com motivação política são abundantes em um esforço para justificar ações hostis contra os Estados.

Por esse motivo, ele enfatizou, é cada vez mais necessário promover o multilateralismo e a cooperação para desenvolver capacidades técnicas, tecnológicas, regulatórias e de comunicação, porque os países pobres não têm condições de determinar quando são usados para atacar outros, o que se tornou uma indústria com dividendos muito significativos.

Rodríguez destacou que o enfrentamento dessas práticas nocivas requer potencial, confiança, redução do hiato digital, transferências tecnológicas e financiamento, participação da academia, do Estado e do setor empresarial privado, dos provedores de serviços e de toda a sociedade civil para facilitar o acesso universal e inclusivo à informação e ao conhecimento.

Para isso, é fundamental preservar o multilateralismo, reiterou, sob os auspícios da Organização das Nações Unidas (ONU), com regras e regulamentos obrigatórios, pois o espaço cibernético é um cenário dinâmico, complexo e único, no qual um ataque cibernético é igual a um ataque armado.

Em seu discurso, ele exemplificou como esse ataque às cadeias de valor eletrônicas representa a paralisação de hospitais e dos andaimes da saúde de uma nação, da comunicação, da energia, do transporte e de todos os serviços essenciais para a população.

O vice-diretor de comunicações explicou que, em 2023, entre os principais ataques estava o Clop, um vírus do tipo ransomware projetado para remover ferramentas e soluções de segurança dos sistemas que infecta, que prejudicou grandes empresas como a Sehell, a BBC e o Departamento de Energia dos EUA.

Ele também mencionou o black cat, o mais perigoso do ano, que atingiu a cadeia MGM Resort, e o Akira, que se concentra em danificar os sistemas de segurança cibernética de micro, pequenas e médias empresas, 52% das quais, em todo o mundo, não têm conhecimento e preparação suficientes para lidar com vulnerabilidades cibernéticas.

Rodríguez enfatizou que a segurança cibernética não é totalmente alcançada porque está sujeita ao tempo, aos impactos favoráveis e desfavoráveis do desenvolvimento tecnológico e ao aumento do talento humano e, portanto, deve ser considerada uma questão urgente de segurança nacional.

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