Durante um encontro realizado na cidade de Brno, os participantes do evento apoiaram, em sua maioria, as posições expressas pelo presidente dessa organização agrícola, Jan Doležal, que considerou insuficientes as medidas de ajuda do executivo.
Na opinião de Doležal, o país está passando pela pior crise agrícola desde que entrou para a União Europeia (UE) em 2004, com um acúmulo de subsídios ao setor agroindustrial, queda nas vendas, aumento nos custos e piora no desempenho econômico, explicou ele, conforme citado pela Radio Prague International.
Em protestos anteriores, os trabalhadores rurais fecharam as principais rodovias do país e as estradas de acesso à capital com seus tratores e outros veículos para exigir o fim das facilidades concedidas à Ucrânia para a entrada de seus produtos na UE.
Uma reunião do Conselho Europeu, agendada para o segundo trimestre deste ano, visa aprovar uma extensão da suspensão das tarifas sobre os produtos ucranianos, incluindo trigo, cevada, milho e frutas, entre outros.
Isso se deve, entre outros motivos, à política de sanções aplicada pela UE, pelos Estados Unidos e por outras potências ocidentais contra a Rússia, depois que seu presidente Vladimir Putin ordenou uma operação militar na Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.
Após o início do confronto, o Ocidente lançou uma guerra econômica contra a Rússia, enquanto a Ucrânia minava seus principais portos, como o de Odessa, no Mar Negro, em meio ao confronto com Moscou.
Na época, a ONU, a Turquia, a Ucrânia e a Rússia chegaram a um acordo em Istambul para a saída segura de navios dos portos ucranianos. No entanto, em muitas ocasiões, em vez de transportar produtos agrícolas, essa rota foi usada para transportar armas ou atacar navios russos.
Por isso, o Kremlin decidiu encerrar o acordo. Isso levou a Ucrânia a aumentar o trânsito de seus produtos por via rodoviária para a Europa, o que deu à ex-república soviética livre acesso ao seu mercado.
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