Membros do Capitólio, incluindo a ex-presidente da Câmara, Nancy Pelosi, enviaram uma carta a Biden pedindo a suspensão do envio de armas ao seu aliado no Oriente Médio, especialmente após o assassinato “errado” de sete trabalhadores humanitários da organização Cozinha Central Mundial.
Os legisladores escreveram: À luz do recente ataque aos trabalhadores humanitários e do agravamento da crise humanitária (em Gaza), acreditamos que é injustificável aprovar estes carregamentos de armas.
A cumplicidade da administração Biden com Israel na guerra em Gaza complica a campanha eleitoral do Partido Democrata, cujas atividades são interrompidas por protestos contínuos nos Estados Unidos.
Um artigo publicado este domingo no The New York Times apontou que em locais tão diversos como uma igreja histórica na Carolina do Sul e o Radio City Music Hall em Manhattan, o Presidente Biden foi vaiado e sufocado por manifestantes que se opõem ao seu apoio a Israel.
O ex-presidente Donald Trump raramente, ou nunca, atraiu críticas significativas de manifestantes pró-palestinos e disse pouco sobre o conflito, além de que Israel deveria “acabar” com a guerra, afirmou o Times.
Biden assumiu uma postura mais dura em relação ao governo israelense; No entanto, as armas norte-americanas continuam a fluir para Tel Aviv, as mesmas que depois utiliza contra Gaza.
Entre os Estados Unidos e Israel existe um acordo de ajuda militar de 38 bilhões de dólares desde a era Barack Obama (2009-2017) que se estende até 2026.
Agora, esse pacote de ajuda militar, que garante a Israel 3,3 bilhões de dólares por ano para a compra de armas, junto aos outros 500 milhões de dólares anuais para defesa antimísseis, tornou-se um ponto de discórdia para a administração Biden.
O presidente, apesar das suas críticas agora um pouco mais atrevidas a Israel, recusa-se a impor limites à ajuda militar dos EUA.
Desde o início da ofensiva israelita em Gaza, em 7 de Outubro, mais de 108 mil civis perderam a vida ou ficaram feridos na faixa sitiada.
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