Na quarta-feira, o presidente foi recebido com honras militares na Casa de Nariño, sede da Presidência, e lá conversou com seu homólogo Gustavo Petro sobre temas de interesse comum como comércio, investimentos e cuidado com a Amazônia.
Posteriormente, ambos assistiram a uma cerimónia onde foram assinados sete acordos de cooperação sobre temas associados à agricultura familiar, ao turismo, às tecnologias de informação e comunicação, e à promoção de boas práticas e defesa dos direitos de grupos de pessoas vulneráveis.
Posteriormente, os líderes participaram do fórum empresarial Colômbia-Brasil no hotel Grand Hyatt, onde participaram mais de 300 empresários dos dois países.
Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que sua visita a Bogotá representa a renovação de uma aliança fundamental para o futuro da América do Sul.
Salientou que ambos os países precisam de construir uma aliança estratégica e eliminar todos os obstáculos que dificultam as negociações mútuas.
“A Colômbia não é um país qualquer, é um país com 55 milhões de habitantes, é um país próspero e com extraordinária riqueza cultural e extraordinário potencial de reservas na Amazônia”, afirmou.
Considerou ainda que apesar do crescimento registrado no intercâmbio comercial entre as duas nações, ainda há muito potencial.
Ele também declarou que retornará ao país para contar aos seus conterrâneos que nasceu uma nova relação Brasil-Colômbia.
Enquanto isso, o Petro defendeu posteriormente em comunicado conjunto a ideia de que os vínculos atingem um caráter estratégico, o que impulsiona a América do Sul como um todo para uma integração real e não retórica.
“Uma relação estratégica significa priorizar, estabelecer medidas concretas, para que as duas economias estejam integradas e não separadas”, explicou.
Ele também propôs ao seu homólogo a criação de uma união entre a Ecopetrol e a Petrobras, as principais petrolíferas dos dois países.
Comentou que esta aliança integraria os capitais públicos e privados das duas nações e, adicionalmente, poderia gerar hidrogénio verde a partir de energias limpas, como a água, a eólica e a solar.
“Proponho realizar um projeto comum de energia limpa para avançar para a vanguarda da energia limpa na América Latina e no mundo. É possível que o hidrogénio verde seja o petróleo do futuro”, disse o presidente colombiano.
No final do dia, os dois dirigentes inauguraram a Feira Internacional do Livro de Bogotá, dedicada nesta ocasião ao gigante sul-americano.
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