Embora houvesse 10 organizações políticas e sociais inscritas para realizar ações de proselitismo, nas redes sociais e nas ruas diferentes grupos expressaram suas opiniões nos últimos dias sobre o processo consultivo promovido pelo presidente Daniel Noboa.

Em Quito, por exemplo, nesta quarta-feira os cidadãos colocaram cartazes na Avenida das Nações Unidas, uma das mais movimentadas do norte da cidade, pedindo o voto não nas 11 questões que aparecerão na cédula.

Da mesma forma, estudantes da Universidade Central do Equador (UCE) foram reprimidos pela Polícia enquanto protestavam fora daquele centro educativo contra a consulta, que propõe modificações legais e constitucionais em questões de segurança, justiça e trabalho.

Esta quinta-feira está previsto o início do dia da votação com o sufrágio das pessoas privadas de liberdade sem pena, depois, na sexta, os cidadãos com deficiência poderão exercer esse direito em casa e, finalmente, no domingo, mais de 13 milhões de equatorianos convocados às urnas dentro e fora do país.

Noboa busca reformar as leis atuais sobre o controle de armas e munições pelas Forças Armadas, bem como a classificação dos crimes por posse de armas e aumentar as penas para o terrorismo ou o crime organizado.

Outras questões da consulta estão relacionadas com a eliminação da proibição de extradição de compatriotas e a incorporação de magistrados especializados em questões constitucionais.

As duas questões mais polêmicas são aquelas relacionadas à possibilidade de reconhecimento da arbitragem internacional e aquela que propõe contratos de trabalho por hora.

O presidente apelou ao voto sim em todas as questões para “limpar o país das máfias, do narcoterrorismo e dos seus cúmplices”.

Esta nova nomeação nas urnas ocorrerá em meio a uma crise energética que tem causado extensos apagões e indignação em todo o território nacional.

O Executivo acusa altos funcionários, incluindo a ex-ministra do setor Andrea Arrobo, de ocultar intencionalmente informações cruciais sobre o funcionamento do sistema energético e prejudicar assim a sua consulta.

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