22 de November de 2024
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Mais de 64 mil alunos abandonaram a escola na região equatoriana

Mais de 64 mil alunos abandonaram a escola na região equatoriana

Quito, 19 abr (Prensa Latina) Durante o ano escolar 2023-2024, que fechou em fevereiro nas províncias costeiras do Equador, 64, 024 alunos abandonaram a escola, segundo cifras divulgadas.

A maior parte dos abandonos foi registrada entre os estudantes da Educação Básica Geral, onde saíram 56 mil alunos, enquanto 744 jovens dessa parte do país abandonaram o ensino médio, segundo dados do Ministério da Educação.

O êxodo está acontecendo em meio à crise de segurança enfrentada pelo Equador, que se reflete em casos de extorsão e assédio no sistema educacional, de acordo com o ministro da Educação, Daniel Calderón.

Calderón destacou que a pobreza é uma das principais causas para que as crianças abandonar a escola para trabalhar com seus pais.

No caso das regiões da Serra e da Amazônia, onde o atual período escolar ainda não encerrou, há mais de 53.000 alunos que abandonaram a escola, mas o número pode variar até junho, quando termina o ano escolar.

A educação pública está atravessando uma situação complexa demais, com cortes orçamentários e nenhum plano para reintegrar os estudantes, advertiu Nery Padilla, presidente nacional da Federação de Estudantes Universitários do Equador (FEUE), em entrevista à Prensa Latina.

No início deste mês, integrantes da União Nacional de Educadores (UNE) e de outras organizações, como a FEUE, realizaram uma marcha para exigir que o governo declarasse emergência na educação, devido aos problemas no setor.

Em essência, os professores e estudantes alegam que, com essa medida, poderiam garantir a alocação dos recursos necessários para a implementação efetiva da Lei Orgânica de Educação Intercultural (LOEI).

A lei prevê um plano abrangente para tratar de vários problemas, como a violência nos ambientes escolares, a segurança nas instituições de ensino, a melhoria da infraestrutura, entre outros.

O presidente da UNE, Andrés Quishpe, afirmou que não há educação de qualidade onde há violência, “e é por isso que também estamos marchando, por causa das crianças recrutadas pelos traficantes de drogas”.

lam/avr

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