Embora historicamente a região tenha sido líder na eliminação de doenças, a cobertura vacinal reduziu-se significativamente na última década, disse o Dr. Jarbas Barbosa, diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
Entre as causas estão a falsa percepção de que as doenças que foram eliminadas e controladas não representam mais um risco para a saúde das pessoas, que os programas de vacinação caíram na lista de prioridades e que a desinformação aumentou desde a pandemia de Covid-19.
Às vésperas do início da Semana de Vacinação nas Américas (20 de abril), Barbosa insistiu na necessidade de recuperar a cobertura vacinal na região, especialmente para doenças altamente contagiosas como o sarampo, devido ao aumento de casos em todo o mundo, que ele descreveu como “preocupante demais”.
Ele alertou que os países também estão longe da taxa de cobertura de 90% necessária para proteger as meninas de nove a 14 anos contra o vírus do papiloma humano (VPH), que lhes dá proteção vitalícia contra o cancro de colo do útero, uma das principais causas de morte entre as mulheres.
Em sua opinião, para atingir essa recuperação, é necessário superar desafios como: aumentar os recursos financeiros e técnicos para melhorar o desempenho dos serviços essenciais de vacinação, estabelecer estratégias de comunicação eficazes para abordar as dúvidas sobre as vacinas e aumentar o compromisso político com programas de vacinação de rotina.
Ele disse que a OPAS está pronta para apoiar as nações a fornecer a vigilância de doenças, aumentar as taxas de cobertura vacinal em todos os cantos de seu território nacional e prevenir surtos de doenças evitáveis por vacinação.
Isso acontece por meio do mecanismo regional de aquisição de vacinas da organização – o Fundo Rotativo de Acesso a Vacinas – que entre 2022 e 2023 forneceu aos países mais de 130 milhões de doses de vacinas e também permite que eles tenham acesso a vacinas seguras e de qualidade a preços acessíveis.
lam/lpn