Estamos abalados pelos atos de violência, saque e vandalismo perpetrados contra as instalações da Faculdade de Medicina e Farmácia, sublinha um comunicado da entidade.
“Esse descaso com as instituições de ensino é escandaloso e terá sérias consequências para a educação das futuras gerações”, alertou a associação.
Anteriormente, os ataques, saques e incêndios a centros educacionais no Haiti foram condenados por instituições nacionais e internacionais, que veem em perigo o futuro de crianças e jovens no país caribenho.
A representação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) condenou veementemente os atos de vandalismo na École Nationale des Arts (Enart) e o ataque incendiário à École Normale Supérieure (ENS).
Em seu comunicado, a UNESCO deplorou as ações de gangues contra outras instituições educacionais e culturais no Haiti, especialmente em Porto Príncipe.
O Enart, um centro de ensino superior que tem como objetivo desenvolver artistas e promover a arte haitiana em todo o mundo, foi atacado no domingo, 24 de março.
Já a ENS é a instituição de treinamento de professores mais antiga do país, e seis de suas salas de aula foram consumidas pelas chamas em 28 de março.
Além desses dois estabelecimentos educacionais, a UNESCO lembrou que as Faculdades de Ciências, Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade Estadual do Haiti e outras instituições públicas e privadas foram afetadas pela violência de gangues armadas.
Tais atos de violência contra as instituições do país não podem ser tolerados, pois têm consequências devastadoras para o futuro da sociedade haitiana, especialmente para as gerações atuais e futuras.
Por sua vez, o Ministério da Educação Nacional e Treinamento Vocacional do Haiti condenou o saque e o incêndio de escolas e universidades por gangues.
Atacar e queimar esses centros, destruir arquivos, destruir material escolar e universitário é destruir os principais membros de uma sociedade, enfatiza um comunicado emitido pelo referido ministério.
O que as gangues estão fazendo é destruir o pilar central de uma casa que permite que toda a sociedade permaneça firme para preparar o futuro das crianças e dos jovens e de um país, destaca o texto.
O ministério lamentou que gangues criminosas tenham saqueado e incendiado a escola Frère Nau, em Porto Príncipe, deixando 23 salas de aula fora de ação. O ministério pediu união para proteger as escolas e reiterou que o direito das crianças à educação deve ser salvaguardado em todos os momentos.
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