25 de November de 2024
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ONU denuncia novas imposições para acessar o norte de Gaza

ONU denuncia novas imposições para acessar o norte de Gaza

Nações Unidas, 24 abr (Prensa Latina) A Organização das Nações Unidas (ONU) denunciou nesta quarta-feira novas imposições de Israel para a entrada de ajuda humanitária no norte de Gaza, enquanto aumentam as necessidades nessa zona do enclave costeiro sitiado.

Relatórios do Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários disseram que as missões não conseguiram chegar a essa parte da Faixa depois que o exército israelense fechou seus postos de controle em duas estradas por causa dos movimentos das tropas.

É extremamente difícil garantir o acesso seguro e desimpedido dos movimentos humanitários ao norte de Gaza”, disse Farhan Haq, porta-voz adjunto do secretário-geral António Guterres.

Até o momento, as autoridades de Tel Aviv negaram ou impediram mais de um terço das missões de ajuda ao norte em abril, disse ele.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), por sua vez, encontrou extrema dificuldade para reabastecer e apoiar os hospitais que trabalham para fornecer e restaurar os serviços.

A OMS relatou ataques ao hospital Al Awda, no campo de refugiados de An Nuseirat, no meio da Faixa, que interromperam o sistema de energia solar que fornecia eletricidade à instalação e danificaram os tanques de água e combustível.

A OMS documentou um total de 890 ataques a serviços de saúde no território palestino ocupado desde 7 de outubro, 443 deles em Gaza.

Segundo a agência, 32 dos 36 hospitais de Gaza foram danificados, enquanto 446 ataques a serviços de saúde foram registrados na Cisjordânia.

O comissário-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA), Philippe Lazzarini, denunciou na terça-feira novos ataques a cerca de 160 instalações da ONU que foram danificadas ou completamente destruídas pela ofensiva israelense desde 7 de outubro. Ele anunciou seu pedido de uma investigação do Conselho de Segurança sobre o flagrante desrespeito de Israel pelas operações da ONU em Gaza, após a morte de cerca de 180 de seus funcionários.

De acordo com Lazzarini, pelo menos 400 civis foram mortos.

Enquanto isso, as autoridades de saúde de Gaza estimam que mais de 34.000 palestinos morreram como resultado da ofensiva de Tel Aviv na Faixa, sendo 14.685 crianças e 9.670 mulheres.

Outros 77.000 ficaram feridos e pelo menos 7.000 permanecem sob os entulhos.

rgh/ebr

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