Respondendo a um convite do seu homólogo francês, Emmanuel Macron, o chefe de Estado congolês terá reuniões no Senado e na Assembleia Nacional, bem como um encontro com o presidente francês, além de intercâmbios com cerca de 40 empresas daquele país e membros da diáspora congolesa.
Segundo a porta-voz, Tina Salama, as relações entre os dois países, a situação de conflito no leste da RDC e a questão da ajuda orçamental ao desenvolvimento vão figurar na agenda de trabalho.
Tshisekedi foi recebido pela Secretária de Estado do Desenvolvimento, Chrysoula Zacharopoulou.
A visita procura, entre outras coisas, um maior empenho da França, como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, na procura de resoluções sobre o conflito entre a RDC e o Ruanda.
Em 20 de Fevereiro, o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês emitiu uma declaração apelando a Kigali para cessar todo o apoio ao Movimento 23 de Março (M23) e retirar-se do território congolês, mas Kinshasa espera que as palavras se transformem em ações concretas.
A questão também foi abordada em conversas do dia anterior com o chanceler federal alemão, Olaf Scholz, com quem Tshisekedi conversou durante mais de duas horas e posteriormente ambas as delegações mantiveram uma reunião de trabalho.
Segundo a Presidência congolesa, a reunião denunciou mais uma vez a presença de soldados ruandeses no território da RDC e solicitou uma posição clara da União Europeia exigindo o fim do apoio aos rebeldes.
Neste sentido, mencionaram os acordos existentes entre países da União Europeia e Kigali, que envolvem o trabalho com minerais que aquele país não possui nas suas terras, além da necessidade de reforçar os mecanismos de rastreabilidade para evitar o saque dos recursos naturais congoleses dos territórios em conflito.
Em matéria econômica, está previsto em França um fórum empresarial onde serão apresentadas oportunidades de negócio em três setores aos investidores franceses: minerais estratégicos, energia e infra-estruturas.
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