O suposto excesso de capacidade de Pequim e a incapacidade da UE de lidar com a enxurrada de bens e produtos do gigante asiático foi um dos tópicos da reunião trilateral desta manhã entre o líder chinês, o anfitrião Emmanuel Macron e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
De acordo com o lado chinês, no primeiro dia da visita de Estado à França, Xi Jinping insistiu que o suposto excesso de capacidade industrial não existe, “nem do ponto de vista da vantagem comparativa nem à luz da demanda global”.
Ele disse a seus interlocutores no Palácio do Eliseu que o setor de energia renovável da China está possibilitando o aumento da oferta global e a redução das pressões inflacionárias.
Após a reunião, von der Leyen disse à imprensa que a UE está pronta para tomar decisões firmes para proteger sua economia.
Mais cedo, na reunião trilateral, a presidente da Comissão Europeia disse que o bloco de 27 membros e a China têm um comércio no valor de 1,3 bilhão de euros por dia, que ela disse estar ameaçado pelo excesso de capacidade da superpotência econômica, supostamente devido a subsídios.
Macron, por sua vez, pediu justiça e equilíbrio nas relações durante a reunião. Sob a alegação de excesso de capacidade e subsídios, a UE lançou uma cruzada de investigações em setores como veículos elétricos e aço, uma postura que Pequim chama de protecionista e à qual está respondendo com investigações semelhantes, por exemplo, sobre o conhaque francês.
Sobre a questão do conhaque francês, Macron saudou a disposição de Xi Jinping de não ir tão longe a ponto de aplicar essa medida.
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