“Para nós esta visita, como as anteriores, à Federação Russa é sempre uma fonte de satisfação e um momento de aprendizagem”, disse o chefe de Estado cubano no início do diálogo com Putin onde analisaram as relações bilaterais nos âmbitos diplomáticos, político e econômico.
O líder da nação caribenha aproveitou o encontro para felicitar, em nome do povo e do governo das Antilhas, o recém-reeleito presidente do gigante euro-asiático, após um apoio popular esmagador.
Díaz-Canel afirmou que é um privilégio para ele e para a delegação que o acompanha poderem estar com os russos nas celebrações da vitória soviética sobre a Alemanha nazi na Grande Guerra Patriótica (1941-1945).
“É, sem dúvida, uma data muito importante para o povo russo e para toda a humanidade, e estar aqui presente significa também o nosso compromisso com o ideal que a URSS defendeu nessa altura”.
“Algo que tem enorme relevância nos dias de hoje quando se trata de descontextualizar a história dos povos para fazer avançar a política hegemônica e imperial de descolonização cultural levada a cabo pelo governo dos Estados Unidos”, sublinhou.
Por outro lado, o presidente destacou a participação, pela primeira vez em pessoa, no Conselho Econômico Supremo da Eurásia, um mecanismo que descreveu como bem sucedido nos seus esforços para alcançar a integração das nações membros (Rússia, Cazaquistão, Armênia, Belarus, Quirguistão e Uzbequistão, e Cuba como observador).
Díaz-Canel disse a Putin que todos os dias o seu país é alvo de uma “política de pressão máxima” por parte de Washington, intensificada a nível mundial por uma “intoxicação midiática contra a Revolução Cubana da mesma forma que é feita à Rússia”.
Neste sentido, destacou a intensificação do bloqueio norte-americano contra Cuba durante a administração de Donald Trump e sustentado pelo atual presidente Joe Biden, provocando uma crise em setores sensíveis da sociedade, com o objetivo de dividir o povo.
“Não vamos desistir, nem vamos nos render, nós cubanos temos uma tradição de resistência com capacidade de criação e inovação. Não vamos desistir, continuaremos a defender o nosso projeto de desenvolvimento econômico e social socialista”, sublinhou o presidente.
Reiterou ainda que Moscou “terá sempre o apoio” de Havana, ao mesmo tempo que condenou a manipulação geopolítica da Casa Branca e a ameaça da OTAN de se aproximar cada vez mais das fronteiras da Rússia em busca de um confronto global.
O líder cubano desejou à Federação Russa o maior sucesso na forma como está conduzindo a operação militar especial na Ucrânia.
No dia 9 de maio, terminou a visita de trabalho de três dias do Presidente cubano à Rússia, onde cumpriu uma intensa agenda bilateral. Esta é a quarta vez que Díaz-Canel visita Moscou, depois das de 2018, 2019 e 2022, que ficaram marcadas por acordos empresariais, comerciais e culturais, entre outros temas.
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