A abertura do encontro acontecerá no Hotel Nacional da capital, declarado Monumento Nacional em 1998 e inscrito no Registro Memória do Mundo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) desde 2008.
O setor agrícola norte-americano “sempre trabalhou para encontrar caminhos que derrubassem muros”, reconheceu o presidente Miguel Díaz-Canel, ao receber aqui em fevereiro de 2024 uma delegação do país vizinho, integrada por secretários de Agricultura de vários estados, entre outros executivos do ramo.
Segundo o presidente, se não fosse o bloqueio “teríamos muitas oportunidades mútuas de trabalhar, de avançar em benefício de ambos os povos”.
Cuba é um país pequeno, mas o seu mercado interno não é de forma alguma negligenciável, já que o Estado tenta garantir a alimentação de 11 milhões de pessoas, lembrou o presidente.
Na opinião de especialistas, o ativismo dos agricultores norte-americanos foi fundamental para que o Congresso do seu país aprovasse a lei da Reforma das Sanções em 2000 e a expansão das exportações, que permitiu à ilha comprar ali alimentos, embora em condições desvantajosas, impostas pelas leis anticubanas nesses setores.
Durante as suas duas estadias em Nova Iorque, o presidente Miguel Díaz-Canel manteve reuniões com representantes do sector, aos quais ratificou a vontade do Governo de ampliar os laços, segundo uma análise publicada pelo Itamaraty em Havana.
A delegação norte-americana aqui recebida em fevereiro deste ano foi a primeira do gênero organizada pela Associação Nacional dos Departamentos de Agricultura dos Estados Unidos (Nasda, na sigla em inglês).
Segundo as autoridades cubanas, a viagem coordenada pela Nasda ilustra o potencial real para intercâmbio respeitoso, cooperação e interesse no avanço de projetos mutuamente benéficos que possam caracterizar as relações entre os dois países.
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