Na sessão de abertura, o congressista norte-americano Rick Crawford garantiu que a realização deste tipo de reuniões constitui um progresso, embora “ainda não estejamos onde gostaríamos de estar”.
Temos de continuar o nosso diálogo para chegarmos onde queremos o mais rapidamente possível, para que possamos resolver os problemas de segurança alimentar, acrescentou o representante republicano do Arkansas.
Segundo o presidente da consultoria “Focus Cuba”, Paul Johnson, a conferência deverá servir para ouvir, aprender e retornar com ações concretas necessárias, seja um acordo comercial ou o compromisso de continuar esses intercâmbios.
Além disso, o Comissário de Agricultura da Louisiana, Michel Strain, destacou as expectativas favoráveis e recordou um recente diálogo com o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, por ocasião de uma visita a Havana, organizada pela Associação Nacional de Departamentos de Agricultura de Estados Unidos (Nasda, por sua sigla em inglês).
Chegou a hora, disse ele, de avançar passo a passo, negociar de boa-fé, resolver as nossas diferenças, restaurar o comércio e trabalhar em conjunto para melhorar as nossas relações.
Para os americanos, participaram do encontro empresários e representantes agrícolas de todas as regiões do país, enquanto os anfitriões formaram sua delegação com agricultores, cooperados, membros de micro, pequenas e médias empresas, diretores do Ministério da Agricultura e não- organizações governamentais.
O Ministro da Agricultura cubano, Ydael Pérez, participou na última segunda-feira na inauguração, na qual o chefe do Grupo Empresarial Agropecuário, Orlando Linares, caracterizou as prioridades da política de Estado em matéria de segurança alimentar, bem como os danos inerentes à situação económica, financeira e bloqueio comercial mantido pelo Governo dos Estados Unidos contra esta nação caribenha.
Na opinião das autoridades daqui o setor agrícola norte-americano tem sido um dos mais ativos e dinâmicos a favor da melhoria das relações bilaterais e do levantamento das medidas coercivas.
O ativismo dos agricultores foi essencial para que o Congresso dos EUA aprovasse a lei de Reforma das Sanções e Expansão das Exportações em 2000, que permitiu a Cuba comprar ali alimentos, embora em condições desvantajosas.
Além disso, as modestas quantidades de importações são incomparáveis com os enormes danos do bloqueio às finanças e os efeitos da sua aplicação extraterritorial em terceiros mercados, afirmou o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, num discurso perante a Assembleia Geral das Nações Unidas.
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