O especialista, que chegou a 14 de maio e permanecerá no país sul-americano até sábado, 18 de maio, participa em fóruns universitários e reuniões com representantes de organizações sociais, bem como com líderes territoriais, no âmbito de uma visita académica.
O Estado só é legítimo na medida em que organiza o seu poder público para a promoção e defesa dos direitos humanos. Onde está a legitimidade do Estado quando há sentenças judiciais que não são cumpridas? As normas internacionais estão a ser contrariadas”, afirmou Orellana no dia anterior, num encontro com comunidades amazónicas.
Ali, ouviu líderes dessas populações que lhe contaram como convivem com a contaminação causada por derramamentos de petróleo e pela agroindústria.
Nesta quinta-feira, o especialista esteve na cidade andina de Latacunga, onde conheceu o impacto da mineração nos territórios dos povos e nacionalidades indígenas do altiplano equatoriano.
Para a Confederação das Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE), a visita do relator é uma oportunidade para conhecer as consequências ambientais e sociais da exploração petrolífera, da mineração, da agroindústria e das políticas extractivistas ligadas a estas actividades.
Esta semana, um grupo de peritos das Nações Unidas recomendou às autoridades equatorianas que garantissem a realização de consultas ambientais nos projectos mineiros, em conformidade com as normas em matéria de direitos humanos.
Num comunicado, exigiram a inclusão de todas as comunidades que possam ser afectadas pelas actividades extractivas, em particular pelos projectos La Plata S.A. ou Curipampa-El Domo, ligados a empresas de capital canadiano.
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