Segundo a rede de rádio Central Brasileira de Notícias (CBN), o número divulgado pelo governo estadual pode ser muito maior, pois não inclui os resgates feitos por voluntários, organizações não governamentais e prefeituras.

Nas redes sociais, vídeos mostrando a luta dos animais para sobreviver têm comovido os brasileiros. Dá para imaginar ver cachorros brincando nos abrigos, mas eles estão deprimidos”, comentou uma voluntária.

Um texto digital do conglomerado Globo descreve como um deles era um cãozinho que, mesmo em segurança, continuava a ‘nadar no ar’. Ela foi apelidada de Frida e foi levada para um lar temporário em 9 de maio.

A princípio, a intenção da resgatadora era fazer trabalho voluntário nos abrigos, mas acabou voltando para casa com duas companheiras: a cachorrinha Frida e Carmella, que ficou com os pais.

Quando chegámos ao abrigo, vimos que a situação era muito pior do que imaginávamos. E os cães estavam muito deprimidos, muito tristes…

imaginamos que vamos ver os cães a brincar connosco, mas não”, conta.

Por isso, continuou, “no início fomos só para ajudar…. Pensámos que, para além de ajudar, era preciso fazer um movimento para dar um lar temporário. Senão, esses cães vão morrer de tristeza”, admitiu.

A crônica da CBN afirma que Ana Paula é uma das pessoas que abriram suas casas para receber os milhares de animais resgatados em lares temporários.

Através das redes sociais, ela encontrou a tutora de Frida, que na verdade se chama Chita. Por enquanto, a voluntária vai continuar com a cachorrinha, já que sua dona foi despejada.

Ela também observou que, apesar do trauma, Frida parou de “nadar no ar” e agora está lidando com um ataque de asma.

Se ela tivesse ficado no abrigo, teria morrido no meio de toda a gente, pois quase não teriam reparado que ela estava com falta de ar, disse.

Uma das instituições que auxiliam nos resgates no estado é o Grupo de Resposta a Animais em Desastres (GRAD Brasil), que já recebeu mais de dois mil animais até o momento.

De acordo com o último boletim da Defesa Civil, divulgado nesta quinta-feira, o número de mortos subiu para 151 e 104 pessoas estão desaparecidas devido aos temporais que assolam o Rio Grande do Sul.

Além disso, 806 pessoas ficaram feridas, 77 mil 199 pessoas permanecem em abrigos e outras 538 mil 164 estão na casa de parentes ou amigos.

No total, 2 milhões 281 mil 774 habitantes foram afetados pela tragédia, que até agora atingiu 458 dos 497 municípios do estado do Rio Grande do Sul.

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