Num texto, enviado por e-mail às entidades que representam a categoria, o MGI indica que a nomeação agendada não é um processo de negociação, como divulgado, mas sim “a assinatura do acordo, portanto, não há margem para receber novas contrapropostas”.

Tal conteúdo foi publicado pelo Sindicato Nacional dos Professores das Instituições de Ensino Superior (Andes), que avalia que a mensagem “reforça o autoritarismo e ameaça a greve” e quer continuar discutindo as propostas de reajuste salarial.

“Nós, professores em greve, queremos negociar, seguir um bom ritmo de trocas entre propostas e contrapropostas que foi estabelecido na greve, e se a base da categoria pretende apresentar uma nova, essa será a nossa ação no dia 27 de maio “, disse o presidente da Andes, Gustavo Seferian.

O MGI esclareceu que o e-mail enviado aos sindicatos teve como “único objectivo prestar esclarecimentos adicionais, e reafirmar o entendimento mantido entre as entidades e o Governo” durante a reunião da mesa de negociações realizada no dia 15 de Maio.

A greve eclodiu no dia 15 de abril e atualmente há 58 instituições de ensino paralisadas em todo o país. A inação suscita a exigência de uma modificação remuneratória de 22%, a ser distribuída em três parcelas de 7,06.

Com a primeira parcela ainda prevista para este ano e as seguintes para 2025 e 2026, a categoria busca não apenas uma reestruturação salarial, mas também atenção às condições de trabalho e aos investimentos nas instituições federais de ensino.

Os Andes destacam a necessidade de reverter as medidas de austeridade que afetaram gravemente o setor da educação nos últimos anos, destacando as restrições aos direitos de pensão.

Seferian sublinha a urgência de uma reestruturação nas carreiras dos professores e da revogação das medidas restritivas anteriormente implementadas.

Entre as reivindicações apresentadas por servidores e dirigentes estão tabelas específicas de carreiras e a revogação de todos os ataques às categorias do serviço público, ocorridos durante o Governo do ex-presidente de extrema direita Jair Bolsonaro.

Segundo o portal Poder360, a Andes indicou que não aceitará a proposta do Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Por sua vez, o Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico se mostra favorável.

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