Numa declaração divulgada pela agência noticiosa estatal ACNC, Kim Yo Jong, chefe-adjunto do Departamento de Comunicação e Propaganda do Comité Central do Partido dos Trabalhadores (WPK), advertiu também que a RPDC responderia “de forma multiplicada” a cada nova provocação deste tipo.
Não sei porque é que eles estão a fazer tanto alarido se nós fizemos o mesmo trabalho que eles”, disse, recordando que o Conselho de Chefes de Estado-Maior do Exército sul-coreano acusou a RPDC de violar as leis internacionais e de ameaçar a segurança do seu povo ao lançar os balões.
A irmã influente do líder do país, Kim Jong Un, também perguntou ironicamente se a direção dos balões é o que decide se este é um ato protegido pelo direito internacional e pela liberdade de expressão, uma vez que Seul os aprova quando voam para norte e não quando voam para sul.
O eurodeputado recorda ainda que, já no passado domingo, o Vice-Ministro da Defesa Nacional da RPDC, Kim Kang Il, avisou que o país seguiria o padrão “tit-for-tat” sempre que ocorresse um incidente semelhante.
Em 10 de maio, cerca de 20 balões de grandes dimensões lançados da Coreia do Sul irromperam no espaço aéreo ocidental da RPDC, contendo cerca de 300 mil folhetos com apelos à desestabilização do Estado e conteúdos insultuosos para o secretário-geral do WPK e presidente do Comité dos Assuntos de Estado.
Este tipo de “bombardeamento ideológico” é uma prática de longa data que o sistema judicial sul-coreano não impediu sob o pretexto da democracia e da liberdade de expressão.
Kim Yo Jong afirmou que o lançamento dos balões foi, por conseguinte, um ato “muito descarado” que, mais uma vez, confirmou “a falta de jeito e o cinismo do grupo da Coreia do Sul”.
Deveriam continuar a apanhar o lixo atirado pelo nosso povo, apreciando-o como um “presente” cheio de sinceridade enviado aos falsos defensores da democracia liberal e da liberdade de expressão, declarou.
Doravante, advertiu, responderemos a cada um destes actos da mesma forma e em quantidade multiplicada.
npg/asg/glmv