Durante um comício de campanha antes das eleições do partido em 30 de junho, Cosse disse que o país está enfrentando “uma situação de violência e insegurança como nunca vimos antes”.
Essa foi sua reação ao múltiplo homicídio perpetrado na noite da última quinta-feira no bairro do Maracanã, na capital, no qual quatro pessoas foram mortas a tiros, incluindo um menino de 11 anos e dois adolescentes de 17 e 18 anos.
Outra vítima de 17 anos foi baleada no abdômen, braços e pernas e está em estado grave no hospital.
“É uma questão que não devemos naturalizar. Embora pareça monstruoso naturalizar um ato como esse, o que é mais grave, me parece, é que a sociedade uruguaia está começando a se acostumar com atos desse tipo”, disse a prefeita (em licença) de Montevidéu.
Nesse sentido, ela propôs a criação de uma “estratégia” para reduzir a violência, a desigualdade e aumentar a convivência.
Cosse pediu uma luta frontal contra a lavagem de dinheiro, que “é o núcleo do negócio do tráfico de drogas”.
“O que propusemos no Plano Nacional é restabelecer e aprimorar todos os controles contra a lavagem de dinheiro, e o segundo é oferecer assistência aos viciados, para que as pessoas não precisem fazer uma peregrinação para tratar um vício”, acrescentou.
Ele argumentou que o Estado tem que estar presente de forma articulada e eficiente, porque “há muitas ações simultâneas que temos que tomar e elas são urgentes”.
Por sua vez, o pré-candidato do Partido Nacional do governo, Álvaro Delgado, prometeu combater o crime organizado e o tráfico de drogas. “Não existe segurança pública sem repressão”, disse ele.
Ele disse que a primeira medida que tomará será fortalecer a Guarda Republicana em todo o país e dar mais tecnologia à polícia.
Ele também criará um grupo de forças múltiplas para “perseguir os bens dos grandes traficantes de drogas e chefes do crime organizado”.
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