As sondagens IFOP-Fiducial e Elabe sugerem mais uma vez que as acusações feitas ontem pelo presidente Emmanuel Macron de que o partido liderado por Marine Le Pen e com Jordan Bardella à cabeça de lista pretende destruir ou afetar a União Europeia (UE) não caíram no goto do eleitorado.
Na sondagem IFOP-Fiducial para os meios de comunicação social Le Figaro, Sud Radio e LCI, a RN obteve 33% de apoio, mais do dobro do partido no poder, o Renascimento, e dos seus aliados (14,5) e bem à frente do Partido Socialista/Plaça Pública (13).
A sondagem de Elabe para a BFM TV e La Tribune Dimanche revelou 32% de apoio à organização nacionalista, o dobro da Renascença, que foi cercada pelos socialistas (14,5).
Atrás do trio da frente, ambas as sondagens mostram La France Insoumise (10%), o Partido Republicano conservador (seis-sete) e a extrema-direita Reconquista e os ecologistas um pouco acima do limiar de cinco por cento para se poderem candidatar a deputados europeus.
O favoritismo do RN em França está em linha com a tendência de ascensão da extrema-direita em vários Estados-Membros da UE.
A partir da meia-noite, entrará em vigor o período de reserva, amanhã será um dia de reflexão e, no domingo, mais de 49 milhões de franceses serão chamados às urnas para escolher os 81 eurodeputados atribuídos ao país na legislatura de 720 lugares do Parlamento Europeu para 2024-2029.
As duas sondagens apontam para uma taxa de participação de cerca de 52%, superior aos 50,12% registados nas eleições europeias de há cinco anos.
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