“Eu sei que o presidente tem o direito de ser informado e tudo o mais, mas há uma sucessão de eventos que nos deixam com a sensação de uso abusivo do poder para perseguir pessoas, disse Mujica.
Essa foi sua reação à revelação de que Lacalle Pou tinha conhecimento do monitoramento orquestrado por Astesiano contra o presidente da central sindical PIT-CNT, Marcelo Abdala.
Mujica disse em uma entrevista na televisão que esse não é o único caso.
“Eles perseguiram pessoas na imprensa. Eles influenciaram algumas empresas a tomarem decisões de que fulano deveria sair. Não há como contornar isso, é assim que as coisas são. Essas são coisas que nunca foram feitas no Uruguai”, disse ele.
É um transbordamento de energia, disse ele.
Enquanto isso, o PIT-CNT denunciou a perseguição de seu líder na Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Durante um discurso na Conferência Internacional do Trabalho em Genebra, a vice-presidente da confederação sindical uruguaia, Elbia Pereira, disse que o governo de seu país está tomando medidas que “atacam a liberdade sindical”.
Nesse contexto, ele denunciou “atos de espionagem” contra Abdala.
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