Esse é um desenvolvimento alarmante que levanta mais preocupações sobre o compromisso dos Houthis com uma solução negociada para o conflito, disse o chefe da ONU, António Guterres, durante uma reunião na Jordânia com seu enviado especial ao Iêmen, Hans Grundberg.
O secretário-geral exigiu a libertação imediata e incondicional de todo o pessoal da ONU detido pelos houthis, lembrando que a agência condena qualquer detenção arbitrária de civis.
Por sua vez, Grundberg confirmou que está mantendo os esforços para garantir a libertação dos detidos, incluindo uma reunião na segunda-feira com Mohamed Abdul Salam, o principal negociador Houthi, bem como com outras autoridades de Omã para solicitar apoio.
“Estamos trabalhando diligentemente para garantir a libertação imediata e incondicional de nosso pessoal detido por meio de todos os canais disponíveis”, disse ele ao portal de notícias da ONU.
Na semana passada, a ONU confirmou a detenção de 11 membros da equipe da ONU no Iêmen.
De acordo com as informações divulgadas, há duas mulheres e nove homens trabalhando em seis agências diferentes da ONU.
Posteriormente, dois outros membros da equipe foram confirmados na detenção.
“Estamos muito preocupados com esses acontecimentos e estamos buscando ativamente esclarecimentos das autoridades Houthi de fato sobre as circunstâncias dessas prisões e, mais importante, para garantir o acesso imediato a esse pessoal da ONU”, disse o porta-voz de Guterres, Stephane Dujarric, na ocasião.
As últimas prisões se somam à detenção de quatro outros funcionários da ONU que foram mantidos incomunicáveis pelas autoridades de fato desde 2021 e 2023, sem acesso às suas famílias ou às suas respectivas organizações e agências.
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