Hernández, que foi o desafiante de Petro no segundo turno das eleições gerais de 2022, foi considerado culpado em um caso envolvendo seu filho, também associado à má administração de recursos, que ocorreu quando ele era prefeito de Bucaramanga, em Santander, no nordeste do país.
O político já havia sido considerado responsável pelas irregularidades encontradas em um contrato público relacionado à mudança de esquema para a coleta de lixo em Bucaramanga, mas a sentença agora divulgada estava pendente, e o juiz determinou que ele poderia ser condenado à prisão domiciliar devido à sua idade avançada, 79 anos, e porque sofre de câncer terminal.
Como parte da decisão, ele também foi impedido de ocupar cargos públicos por 80 meses, reforçando uma decisão da Procuradoria Geral da República, que ordenou o mesmo, embora por um período de 10 anos, e por ter influenciado a campanha para prefeito de 2019 de Juan Carlos Cárdenas, seu candidato para sucedê-lo no cargo.
Hernández foi o fundador do partido Liga dos Governantes Anticorrupção e foi justamente a promessa de acabar com o desvio de dinheiro que foi seu slogan durante a campanha em 2022.
O político garantiu que recorrerá da decisão do tribunal e alegou que ela só busca transformá-lo em bode expiatório com uma sentença claramente injusta.
Em resposta à decisão do juiz, o presidente colombiano Gustavo Petro disse que sentia pena de seu antigo oponente.
“Respeito a justiça e me parece inferior a Rodolfo, o sectarismo daqueles que, não querendo um projeto progressista no governo, decidiram apoiá-lo. Tal era o ódio à mudança, que queriam a nação no precipício”, escreveu ele em sua rede social X.
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