Escrita por Carlos Felipe e estreada em 1965, a obra tem como protagonista Alejandro Yarini, uma reinvenção de Alberto Yarini, o famoso cafetão de Havana do século XIX, cuja história é uma lenda em Cuba.

O rei machista, a mulher devota e dona das chaves do destino, do mundo mágico das religiões e superstições que coexistem na ilha caribenha, entre mulheres e homens movidos pelo desejo, aparecem nesta montagem.

A obra narra a vida num bordel onde La Jabá chora e invoca, é uma Cuba concentrada, de uma intensidade ainda ativa, e na qual a voz da cidade, do povo do bairro havaiano de San Isidro, fala por todas as bocas, de acordo com a crítica do Teatro El Público sobre esta nova versão.

A obra estreia nesta quinta-feira apenas para convidados e ficará exposta ao público a partir desta sexta-feira, durante todos os finais de semana de junho e julho.

O elenco é formado por figuras renomadas da cena cubana como Dennis Ramos, Roberto Romero, Fernando Hechavarría, Verónica Lynn, Lisette de León, Fernando Ramírez, Ernesto Pazos, Giselle Sobrino, além de novos valores da cena cubana e estudantes da Universidade das Artes.

É uma peça onde se gostaria de percorrer todos os personagens, a encenação tem o mesmo sabor do que está escrito, com aquele molho que acrescenta o maestro Carlos Díaz, comentou Dennis Ramos, um dos quatro atores que interpreta o famoso Alejandro Yarini.

Tem versão dramatúrgica de Norge Espinosa Mendoza, música original de Bárbara Llanes, cenário de Yansel Medina, assessoria folclórica de Fabián Suárez e figurinos de Vladimir Cuenca, Cris Cris e Ana Rojas.

Esta performance neste momento tem o fôlego de uma juventude com menos referências a esse texto que é um clássico de hoje, de como vivem e sentem hoje, disse Carlos Díaz, diretor da obra, à Prensa Latina.

“Acho que Requiem por Yarini é a nossa história, é como vivemos, o que pensamos, como nos encontramos”, acrescentou.

Este é um dos textos mais respeitados da dramaturgia cubana e tem diferentes representações no cinema, teatro e televisão.

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