Não há maior interesse nacional para a Alemanha do que o apoio à Ucrânia, disse o chefe da diplomacia alemã ao falar em uma reunião da Academia Federal sobre a política de segurança da República Federal da Alemanha, de acordo com a televisão local.
Falando em um evento que marcou o aniversário da adoção da primeira estratégia de segurança nacional, Baerbock expressou sua irritação com o fato de a questão da Ucrânia ser vista como um gesto de caridade em vez de “um investimento em nossa própria segurança”, disse ele.
A Alemanha forneceu à Ucrânia 28 bilhões de euros em armas desde 24 de fevereiro do ano passado, quando o presidente Vladimir Putin ordenou uma operação de guerra para proteger a população da região de Donbas, que ele denunciou como oito anos de genocídio por parte de Kiev.
Assim, a Rússia se tornou o segundo maior doador de armas para a ex-república soviética, perdendo apenas para os Estados Unidos, apesar dos avisos russos de que as tentativas de rearmar o estado apenas estenderão o confronto.
A Alemanha também é vítima do efeito bumerangue de mais de 15.000 medidas punitivas unilaterais contra a Rússia, incluindo o boicote à compra de hidrocarbonetos, o que levou a uma crise de energia no país, com aumento de preços e inflação.
A mídia local destaca que, além dos efeitos socioeconômicos da inflação histórica, o aumento dos preços da energia já levou várias grandes empresas alemãs a migrarem para os Estados Unidos e outros países em busca de melhores condições de trabalho.
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