Do salão Antonio José de Sucre da Casa Amarilla, no centro histórico de Caracas, explicou ao corpo diplomático acreditado os benefícios do sistema eleitoral venezuelano, que qualificou como um dos mais seguros e transparentes do mundo.
Ele mencionou a reunião realizada ontem com o Painel de Especialistas Eleitorais das Nações Unidas que chegou ao país e acrescentou que o Centro Carter dos Estados Unidos, o Conselho de Especialistas Eleitorais da América Latina e a União Africana, entre outros, foram convidados para as eleições.
Mais de 65 funcionários de órgãos eleitorais do mundo, alguns deles diretores, além de governos e partidos políticos convidados, também devem chegar ao país.
O ministro das Relações Exteriores enfatizou que este é um festival eleitoral no qual “com grande alegria, entusiasmo e felicidade estamos nos abrindo para o mundo para que eles possam ver o processo e o que vai acontecer na Venezuela”.
Ele enfatizou que esse sistema eleitoral foi construído “para proporcionar a maior transparência possível e temos certeza de que é um dos mais perfeitos da face da terra”.
Gil enfatizou que ele é automatizado e tanto a votação quanto a contagem de votos são feitas digitalmente, sem a subjetividade da manipulação das atas, como aconteceu no passado.
Além de ser auditável (com 16 auditorias) em todas as suas fases, desde o registro eleitoral, a impressão digital, o software e o hardware, as cédulas e “até as canetas são auditáveis, um processo absolutamente transparente”, insistiu.
Talvez esse seja, disse ele, o processo que, por várias razões, desperta o maior interesse da comunidade internacional, que está “muito atenta ao processo venezuelano”, mas não em outras partes do mundo.
Ele afirmou que, nesta ocasião, “estamos em uma clara distorção da vantagem” do candidato do partido no poder, Nicolás Maduro, que está buscando a reeleição, pois seu governo foi submetido a uma política de 936 sanções e agressões, que foram “ao coração do exercício do governo para prejudicar o povo”.
Nesse sentido, ele disse que isso gera distorções na capacidade de gestão do executivo e denunciou uma eleição que está sendo interferida por agentes externos, sobretudo dos Estados Unidos, que buscam desfigurar a vontade do povo.
Gil falou sobre as recentes alegações do grupo paramilitar colombiano Autodefensas Conquistadoras de la Sierra, que, segundo ele, age fora da lei, e foi contatado por setores da ultradireita venezuelana para ameaçar a tranquilidade e a paz do processo eleitoral.
Ele considerou essa acusação muito séria e expressou sua absoluta certeza de que a informação é verdadeira e que possui todos os elementos necessários para iniciar uma investigação, como os Ministérios Públicos de ambos os países vêm fazendo.
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