De acordo com o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, a declaração de Washington após a cúpula do bloco militar exagera as tensões na região da Ásia-Pacífico e está repleta de preconceitos e provocações contra a China.
Ele expressou a forte insatisfação e oposição de Beijing e confirmou que o governo asiático havia apresentado um protesto formal à OTAN.
Lin Jian observou que a cúpula ocorre no contexto do 75º aniversário da organização, durante o qual os Estados Unidos e a OTAN procuraram enfatizar sua unidade e se apresentar como defensores da paz.
No entanto, o porta-voz enfatizou que o bloco continua sendo um resquício da Guerra Fria, caracterizado por confrontos e políticas de aliança.
O porta-voz relembrou o bombardeio da Iugoslávia pela OTAN e as situações trágicas no Afeganistão e na Líbia como exemplos de como sua intervenção traz caos e desestabilização.
Observou que a segurança proclamada pela OTAN é frequentemente obtida às custas da segurança de outros países e que a criação de inimigos fictícios é uma tática comum da organização.
Sobre a Ucrânia, Lin considerou infundadas as acusações da OTAN sobre a responsabilidade da China no conflito, enfatizando a postura objetiva e justa de Beijing e seu papel construtivo reconhecido internacionalmente.
Acusou a organização de espalhar desinformação sem provas com a intenção de prejudicar as relações entre o gigante asiático e a Europa.
A recente declaração da OTAN culpou a China por desafiar os interesses, a segurança e os valores da OTAN, bem como por ser um “apoiador decisivo” da Rússia no conflito contra a Ucrânia.
O bloco também anunciou planos para fortalecer sua conscientização e preparação coletiva e para tomar medidas contra as supostas estratégias coercitivas do gigante asiático.
O secretário-geral da OTAN também mencionou a necessidade de aumentar os contatos com os países do Indo-Pacífico e de lançar projetos relacionados à inteligência artificial, segurança cibernética, desinformação e dissuasão da China.
mem/idm/bm