Estão a ser consideradas várias opções, incluindo a iraniana, para ligar os mercados financeiros dos BRICS, avançar para liquidações em moedas nacionais e introduzir mecanismos para transações mútuas, disse o diplomata em entrevista à agência de notícias TASS.
Rudenko destacou que a proposta de Teerã toma como exemplo a integração entre o sistema Mir russo e o Shetab iraniano.
Neste sentido, o vice-chanceler sublinhou que o elemento mais importante para fortalecer a soberania financeira do Grupo é “a criação de uma infraestrutura de pagamentos e liquidação independente e resistente à pressão das sanções”.
Ao mesmo tempo, as partes ainda estão a debater a iniciativa apresentada pelo Irã e é muito cedo para falar sobre os parâmetros finais, alertou.
No dia 4 de julho, o presidente do Banco Central do Irã, Mohamed Reza Farzin, manteve conversações com a sua homóloga russa, Elvira Nabiúllina, em São Petersburgo.
Dois dias depois, disse que na reunião as partes registraram a conclusão dos trabalhos de integração dos sistemas de pagamentos russo Mir e iraniano Shetab, bem como assinaram um acordo sobre o fornecimento de liquidez às moedas nacionais para transações comerciais.
De acordo com o chefe do Banco Central Iraniano, a partir de 22 de agosto, os cidadãos da nação persa poderão sacar rublos com cartões inteligentes Shetab em todos os caixas eletrônicos russos.
Está previsto que nas próximas fases do projeto, os russos poderão usar cartões Mir no Irã, e os proprietários do Shetab poderão pagar suas compras com cartões bancários iranianos nas lojas do gigante euroasiático.
O cartão Mir é aceito em 12 países e é válido sem restrições na Abkhazia, Belarus, Cuba e Ossétia do Sul.
Egito, Irã, Maurício e Mianmar planejam introduzir a Mir. Seis outros Estados estão dispostos a entabular um diálogo sobre a sua utilização.
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