As crianças também têm duas vezes mais probabilidades do que os adultos de sofrer violência durante o tráfico, de acordo com relatórios do Relatório Mundial sobre Tráfico de Seres Humanos ou do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime.
Entre outros riscos, os menores estão mais expostos à proliferação de plataformas online, que apresentam riscos adicionais devido à falta de proteções adequadas.
Segundo as Nações Unidas, as crianças sofrem diversas formas de tráfico, incluindo trabalho forçado, crime, mendicidade, adoção ilegal, abuso sexual e divulgação online de imagens abusivas, sendo algumas também recrutadas por grupos armados.
Entre outras razões, os indicadores reconhecem a pobreza, a falta de apoio aos menores não acompanhados face ao aumento dos fluxos migratórios e de refugiados, os conflitos armados, as famílias disfuncionais e a falta de cuidados parentais que empurram as novas gerações para estes riscos.
Ao mesmo tempo, os mecanismos de proteção são até à data ineficazes para combater o tráfico de crianças, razão pela qual a agência considera urgente a adoção de medidas abrangentes para proteger os grupos vulneráveis e ajudar as vítimas.
Este contexto exige esforços conjuntos a nível nacional e internacional que incluam maior proteção, fortalecimento das leis, melhoria da sua aplicação e disponibilização de mais recursos para combater o tráfico de crianças.
Outras medidas preventivas exigem a abordagem das causas profundas, como a pobreza e a desigualdade, bem como a abordagem especialmente do tráfico de menores refugiados não acompanhados e das redes de proteção infantil. No 10º Dia Mundial contra o Tráfico de Seres Humanos, a campanha da ONU apela à sensibilização para as causas e vulnerabilidades associadas ao tráfico de crianças, bem como para a necessidade crítica de prestar apoio direcionado às crianças vítimas de tráfico.
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