Com uma população estimada em 129 milhões de habitantes, o país enfrenta importantes desafios socioeconômicos e ambientais, como o alto desemprego, a rápida urbanização e a gestão ineficiente de resíduos, daí a relevância da iniciativa, disse o BAD.
O projeto foi lançado em 19 de julho, em Adis Abeba, em um evento que contou com a presença de autoridades do governo etíope e representantes do Banco, de acordo com o texto publicado na terça-feira.
De acordo com a fonte, o desenvolvimento do roteiro será financiado pelo ADB por meio do Fundo Africano de Economia Circular (ACEF), e será realizado em colaboração com a Parceria Africana de Economia Circular.
O documento buscará abordar os desafios existentes, identificando ações-chave para a eficiência de recursos, fortalecendo as estruturas legais e institucionais e a capacitação nos setores público e privado, explica o anúncio.
Na visão do ADB, a economia circular na África representa uma oportunidade de bilhões de dólares e é parte da solução para as mudanças climáticas, de acordo com o executivo do ADB John Bosco Bukenya.
Para desbloquear esse potencial, disse ele, é preciso criar um ambiente propício e “é exatamente isso que estamos fazendo com os Roteiros Nacionais de Economia Circular”.
O empreendimento na Etiópia faz parte de um programa ACEF multinacional, que inclui Chade, Camarões, Benin e Uganda, revelou o relatório.
Na opinião do ADB, a transição para um modelo de economia circular é um imperativo na África, considerando que a população do continente chegará a cerca de dois bilhões e meio até 2050 e que 83% de seus países dependem fortemente dos recursos naturais para obter renda e crescimento econômico.
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