Durante um evento realizado na véspera pelo 45º aniversário da fundação da Força Aérea Nicaraguense, o presidente relembrou as vitórias eleitorais na Venezuela desde a época de Hugo Chávez, a quem também tentaram destituir em 2002 com um golpe de Estado que mais tarde fracassado.

“Ali as forças do povo foram decisivas e com o povo, os militares leais ao presidente, leais a Chávez, juntos derrotaram os golpistas e Chávez recuperou a presidência”, lembrou.

Ortega comentou que desde então existe o germe diabólico daqueles que se autodenominam democratas e nada mais são do que tiranos que não respeitam o povo, porque querem que ele passe fome e dificuldades, enquanto enriquece a cada dia.

O líder sandinista destacou que aqueles que deram esse golpe contra Chávez são os mesmos que agora, apoiados do exterior, pretendem repetir a história contra de Maduro que foi proclamado pelo Conselho Supremo Eleitoral (CNE) como o vencedor das eleições com 51,20% dos votos.

“Ali começou a desenvolver-se com maior fúria o plano, o plano que os golpistas, os terroristas, vinham executando muito antes das eleições, e no dia 29 de julho vimos o outro candidato que realmente era o fantoche da extrema direita, declarando que ele era o presidente, já tinham pago e comprado da gente humilde dos bairros”, enfatizou.

O governante centro-americano referiu-se também à manipulação mediática que ocorre desde antes das eleições e garantiu que o plano contra Maduro foi bem planeado pelos grupos golpistas, tal como aconteceu na Nicarágua em abril de 2018.

Ele aludiu às ações violentas registradas nos últimos dias no país sul-americano, onde vários agentes da lei ficaram feridos.

“Este comportamento reflete que o plano já estava muito bem organizado, que parte do plano era que um grande número de governos latino-americanos se lançassem todos contra os resultados eleitorais e classificassem que as eleições não tinham sido corretas”, frisou.

No seu discurso, Ortega fez referência à ONU e descreveu essa organização como um instrumento dos imperialistas da terra, já que, como disse, não existe nenhum órgão das Nações Unidas que diga que os resultados da CNE na Venezuela são respeitados.

Sobre o mesmo tema do referido organismo multilateral, o dignitário deu como exemplo como todos os anos na Assembleia Geral da ONU a maioria dos países-membros vota a favor da resolução apresentada por Cuba contra o bloqueio, mas os Estados Unidos não prestam atenção .

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