Em uma reunião na Casa Amarela do Ministério das Relações Exteriores com o corpo diplomático e jornalistas nacionais e estrangeiros credenciados em Caracas, a vice-presidenta fez um relato do processo eleitoral e da trama golpista tecida através do que chamou de ‘terrível fraude’.
Rodríguez referiu-se à “fraude vulgar e maciça” planejada a partir da nação do norte e que começou com o reconhecimento explícito do então candidato Edmundo González e da candidata desqualificada da oposição, María Corina Machado, de que não reconheciam os resultados das eleições.
Uma semana antes, disse ela, eles se recusaram a reconhecer as informações oficiais divulgadas pelo Conselho Nacional Eleitoral, o único órgão legal reconhecido pela Constituição para divulgar informações nessa área, e admitiram que só o fariam com base em seus próprios registros.
O Ministro da Economia, Finanças e Comércio Exterior denunciou que a fraude estava sendo preparada desde 18 de julho e que, em 27 de julho, ela apareceu com o registro de um domínio do Reino Unido para publicar os resultados, “em total desrespeito e reconhecimento do Poder Eleitoral”.
Ela afirmou que a página mencionada tentou substituir os mecanismos oficiais de divulgação do CNE, e é por isso que o procurador-geral Tarek Wiliam Saab abriu um processo no dia anterior para investigar e processar os responsáveis.
Em sua apresentação, Rodríguez comentou que, durante a votação de 28 de julho, eles puderam ver no ciberespaço um aumento significativo de ataques sem precedentes contra a Venezuela, que chegaram a 30 milhões por minuto.
Ela perguntou o que havia de errado com “as tão alardeadas atas que geraram histeria em massa internacional” e comentou sobre as inconsistências encontradas nesses documentos, que ela mostrou aos presentes com assinaturas de pessoas falecidas que haviam votado, das quais milhares de reclamações haviam sido recebidas.
Ela também fez alusão às atas que foram encontradas sem dados do operador da máquina, testemunhas, assinaturas planas, quebradas, incompletas e elegíveis, que, graças à censura da mídia internacional, são as consideradas válidas e que aparecem na página da Web.
Esses atos fraudulentos não são o mecanismo oficial do CNE, assim como o portal da Web, observou ela.
A vice-presidenta executivo destacou que as mais de 2 mil pessoas presas estão confessando, revelando quem as pagou, e têm números de telefone nos Estados Unidos, de onde receberam instruções, bem como na Colômbia e no Peru.
Ela enfatizou que, além da questão eleitoral, “estamos diante de um golpe de Estado contido pela sabedoria do povo e do Presidente”.
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