No dia 7 de agosto, a direção da fábrica anunciou a suspensão das atividades, que deixará cerca de 2.500 trabalhadores sem trabalho, mas afetará também outros 20 mil trabalhadores de empresas que prestavam serviços à indústria.
Para buscar alternativas à crise, o ministro da Economia terá reunião com as empreiteiras nos escritórios do Sindicato Enap-Petrox.
Porfirio Ochoa, dono da construtora Imattex, disse à imprensa que após o desmantelamento de Huachipato perderam o seu principal cliente e por isso é necessário fazer alianças com empresas estatais para resolver o problema do desemprego.
O fechamento foi considerado um duro golpe para a região de Biobío, e até o ministro da Fazenda, Mario Marcel, qualificou de irresponsável a decisão da Compañía de Acero del Pacífico (CAP), proprietária da usina.
Este ano, a CAP conseguiu que a Comissão Anti-Distorção impusesse sobretaxas ao aço chinês sob alegada concorrência desleal.
Segundo o presidente da Central Unitária dos Trabalhadores, David Acuña, a empresa utilizou os trabalhadores para obter os impostos e hoje lhes dão as costas. Lembrou que desde os primeiros sinais da crise foram os grupos de funcionários que vieram ao La Moneda e realizaram manifestações tanto a nível regional como nacional para obter a aprovação das tarifas adicionais.
“Isso significa que a Pacific Steel Company nunca teve a intenção de manter o negócio, mas, infelizmente, era um plano para ver como poderiam fechar da melhor forma para eles, não para os trabalhadores”, disse Acuña.
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