O Ministério da Saúde acaba de anunciar que 22 pessoas morreram e 354 pessoas estão confirmadamente doentes em todo o país nas últimas semanas, números que constituem evidência suficiente de uma epidemia.
A proclamação segue um anúncio recente da Organização Mundial da Saúde de que, de 1º de janeiro a 28 de julho deste ano, 78 mortes pela doença foram registradas no Sudão, somando-se às novas estatísticas divulgadas pelo ministro da Saúde, Haitham Mohamed Ibrahim.
A cólera é uma doença infecciosa altamente contagiosa causada pelas enterotoxinas do bacilo Vibrio cholerae; as pessoas infectadas apresentam uma síndrome baseada em vômitos e diarreia excessiva, é contraída pela ingestão de alimentos ou água infectados e pode matar em poucas horas se não for tratada a tempo.
A crise é agravada pela destruição de hospitais e centros de saúde devido aos combates entre os partidários do presidente do Conselho Soberano de Transição (governo), General Abdel Fattah al Burhan, e seu rival, General Mohamed Hamdan Dagalo, chefe da milícia das Forças de Apoio Rápido.
Os números provisórios estimam que, na guerra entre os dois países, que começou em abril do ano passado, 15 mil pessoas pegas no fogo cruzado foram mortas, um número muito maior foi ferido e 11 milhões se tornaram refugiados no último esforço para salvar suas vidas.
arc/msl/glmv