De 4 a 6 de setembro, Ahmed fez uma visita oficial a Pequim liderando uma delegação de alto nível, durante a qual fortaleceu a Parceria Estratégica para Todos os Tempos com a nação asiática.
O chefe de governo africano revelou na sua conta na rede social X que manteve conversações com o seu homólogo chinês, Li Qiang, para explorar formas concretas de aprofundar essa parceria estratégica.
Especificou que a assinatura de 17 memorandos de entendimento que presidiu com Li é um testemunho significativo dessa relação ao mais alto nível entre os dois países.
Ele também lembrou, ao chegar a Pequim, na quarta-feira passada, o encontro com o presidente Xi Jinping, que “revelou um plano de ação de dez pontos no Focac que se alinha bem com nossos objetivos de crescimento e desenvolvimento”.
Na ocasião, manifestou o desejo de fortalecer a cooperação agrícola, particularmente na modernização das práticas para melhorar a produtividade, além de analisar a possibilidade de apoiar os esforços locais de industrialização e digitalização.
Comentou que, apesar dos desafios enfrentados, estão a fazer progressos significativos na agricultura, indústria transformadora, indústria, turismo, telecomunicações e outros sectores.
“Os investimentos chineses têm desempenhado um papel fundamental neste progresso e existe um potencial substancial de crescimento em áreas como o turismo e a indústria de papel e pasta de papel. “Estamos profundamente empenhados em continuar a fortalecer a nossa parceria”, sublinhou.
A Cimeira do Fórum de Cooperação China-África reuniu mais de 50 líderes africanos em Pequim que conversaram com o país asiático sobre o futuro da modernização no continente.
Outro momento importante foi o Fórum Empresarial de Alto Nível Etiópia-China, realizado na passada quarta-feira, durante o qual o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Taye Atse-Selassie, afirmou que as recentes reformas macroeconômicas implementadas no país abriram novas oportunidades promissoras para os investidores.
Selassie sublinhou que Adis Abeba valoriza o princípio do benefício mútuo defendido pelo gigante asiático e a vontade de trabalhar para fortalecer ainda mais a parceria estratégica dos dois países.
Por seu turno, o responsável das Finanças, Ahmed Shide, destacou que a Etiópia se tornou o principal destino da África Oriental para atrair investimento directo estrangeiro, consolidando a sua posição como modelo de crescimento económico e de oportunidades na região.
Shide informou que a economia nacional registou uma ascensão mais rápida do que outros países africanos nos últimos seis anos face a vários desafios.
Lembrou que o mercado de capitais, as reformas económicas e outras condições tornam Adis Abeba adequada para o investimento, bem como a viabilidade de sectores como o desenvolvimento agrícola, o turismo, a indústria transformadora, entre outros.
Por outro lado, para melhorar a adaptação das cidades às alterações climáticas, desastres e conflitos, o Programa Africano de Resiliência Urbana foi lançado no âmbito do Fórum Urbano Africano, realizado de 4 a 6 de Setembro.
Os Programas de Assentamentos Humanos das Nações Unidas (ONU-Habitat) e de Desenvolvimento (PNUD), juntamente com a Comissão da União Africana, apresentaram a iniciativa, que reconhece que a construção de sociedades equitativas e coesas, resilientes aos impactos das catástrofes, das alterações climáticas e dos conflitos, exige mais do que esforços isolados.
Sob o tema “Urbanização sustentável para a transformação de África”, o fórum reuniu-se no Adwa Victory Memorial Museum com a participação de representantes de 47 países, presidentes de cidades do continente, líderes religiosos, académicos, entre outros.
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