No dia anterior, quando o debate foi iniciado, não se chegou a um consenso sobre o valor total proposto pelo governo, que é de 523 trilhões de pesos (mais de 130 bilhões de dólares pela taxa de câmbio atual).
O conflito entre o executivo e o legislativo tem a ver, acima de tudo, com a apresentação de uma proposta complementar que implica uma lei de financiamento para aliviar o déficit de 12 trilhões de pesos no orçamento proposto, cerca de três bilhões de dólares à taxa de câmbio atual.
Para dispensar a modificação fiscal, vários congressistas exigiram mudanças no documento apresentado pelo governo.
Um deles foi o presidente do Senado, Efraín Cepeda, que, quando o conteúdo do texto apresentado pelo Executivo ainda não era conhecido, declarou que tinha os votos necessários para afundá-lo no Congresso.
O legislador apresentou um Orçamento Geral de 511 trilhões de pesos (mais de 127 bilhões de dólares), ou seja, o mesmo valor proposto pelo Ministério das Finanças, mas subtraindo os 12 trilhões de pesos incluídos na lei de financiamento que busca maior receita.
O ministro da Fazenda, Ricardo Bonilla, defendeu o cálculo do governo garantindo que o orçamento “não é uma reforma tributária, como foi dito, mas sim um projeto de lei de financiamento com três componentes importantes, como ações de política fiscal, com o objetivo de criar estímulos para reativar a economia”.
Ele acrescentou que a aprovação do Congresso é vital para cobrir as perdas resultantes da recente decisão do Tribunal Constitucional sobre royalties de mineração e energia.
Para sua aprovação, a lei de financiamento deve receber sinal verde das duas comissões econômicas do Senado e das outras duas comissões encarregadas dessa questão na Câmara dos Deputados.
Se a falta de consenso persistir, a proposta passaria para as mãos do presidente, que tem o poder de aprová-la por decreto.
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