“O nosso país apresentará mais uma vez o projecto de resolução contra estas represálias na ONU e, como sempre, confiamos no voto da grande maioria dos Estados-membros, que desde 1992 nunca nos falharam”, afirmou numa conferência de imprensa que contou com a presença pela Prensa Latina compareceu.
A diplomata ratificou que o povo cubano não cessará na luta para eliminar esta rede de represálias que qualificou de criminosa contra todo um povo e que já dura mais de seis décadas.
“A verdade que nos ajuda faz com que todos os anos a grande maioria dos países membros nos apoiem com o seu voto, e a Bolívia é um dos que sempre nos apoia”, disse.
Na contramão da grande maioria da comunidade internacional, Washington persiste na sua política considerada genocida, porque tem como objetivo entregar através da fome e do desespero todo um povo que não se curva aos desígnios imperiais do seu vizinho do Norte, lembrou o responsável pelo negócio.
Sublinhou que já se passaram mais de seis décadas desde que a Casa Branca estabeleceu estas represálias, às quais se somaram outras de carácter supranacional, porque Washington persegue e reprime economicamente empresas e indivíduos que negociam com Cuba ou investem no seu território.
Indicou que durante o Governo de Donald Trump foram acrescentadas 243 medidas hostis adicionais, que são mantidas pelo Poder Executivo de Joseph Biden, o que aumenta o sofrimento e ao mesmo tempo a resistência do povo cubano.
Gutiérrez explicou que para justificar esta política, que repetidamente mencionou como genocida, o Departamento de Estado incluiu Cuba numa lista elaborada unilateralmente de países supostamente patrocinadores do terrorismo.
“Isto é uma calúnia, já que Cuba envia médicos, professores, cultura, atletas e solidariedade ao resto do mundo”, disse.
Segundo o Ministro dos Negócios Estrangeiros cubano, Bruno Rodríguez, o cerco dos EUA constitui a política de guerra económica mais implacável, abrangente e prolongada imposta a qualquer país.
O ministro dos Negócios Estrangeiros apresentou esta quinta-feira o relatório sobre a necessidade de acabar com o bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba, que será apresentado no próximo mês de Outubro para aprovação na Assembleia Geral da ONU.
Segundo esse documento, como consequência desta política, Cuba sofreu perdas de cinco mil 56,8 milhões de dólares entre 1 de março de 2023 e 29 de fevereiro de 2024, o que representa um aumento de quase 200 milhões em relação ao relatório anterior.
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