22 de November de 2024
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O Brasil oferece segurança ao mercado de gás da Bolívia

O Brasil oferece segurança ao mercado de gás da Bolívia

La Paz, 3 out (Prensa Latina) O Brasil é agora um mercado seguro e garante uma renda estável para o gás boliviano, afirmou o ministro de Hidrocarbonetos e Energia do Estado Plurinacional, Alejandro Gallardo.

Com o que produzimos agora e os possíveis sucessos petrolíferos que poderemos ter, temos realmente um mercado seguro no Brasil, o que nos permitirá garantir a estabilidade da renda, não importa em que mercado estejamos”, disse o ministro, sem dar mais detalhes.

Gallardo compareceu ao Senado, onde explicou a importância da aprovação da assinatura do contrato de serviços petrolíferos entre a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) e a empresa Canacol Energy Colombia S.A.S. (Sucursal Bolivia).

Esse entendimento estabelece as bases para os trabalhos de prospecção e exploração na área de Tita Techi, em Santa Cruz, com um investimento de 100 milhões de dólares.

A presença do ministro foi aproveitada pelos legisladores para conhecer a situação da Bolívia depois que a Argentina deixou de importar combustível boliviano após iniciar a exploração de seu megacampo em Vaca Muerta.

Eles não precisam mais do gás boliviano, porque já têm reservas suficientes para o mercado interno e, além disso, o campo é tão grande que eles também têm volumes de exportação (…)”, explicou a autoridade.

Antes do término desse contrato, a Bolívia e a Argentina concordaram em manter o fornecimento até que o país conclua a habilitação de dutos para transportar seus combustíveis para os lares do norte da Argentina.

Ele informou que esse entendimento foi alcançado em setembro e, desde a última segunda-feira, a Bolívia está redirecionando o gás para o Brasil, uma das nações com maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na região.

A Bolívia tem dois tipos de contrato com o Brasil, um com a Petrobras e outro de “curto prazo” com empresas privadas, dependendo de suas necessidades.

As regulamentações brasileiras nos permitem gerar esse tipo de contrato com empresas industriais ou qualquer tipo de exigência que tenhamos e negociar fora do mercado internacional, em termos de preços, e isso gera uma renda interessante para nós”, disse o ministro.

A esse respeito, o presidente da Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), Armin Dorgathen, acrescentou que, a partir de 30 de setembro, maiores volumes de energia começaram a ser enviados ao Brasil.

Com relação às receitas de exportação, ele explicou que o mercado brasileiro pagará um preço mais alto do que a Argentina.

Com esse apoio, garantiu, “será gerada a mesma quantidade de recursos em termos de renda petrolífera” e até afirmou que “existe a possibilidade de passar o gás de Vaca Muerta para o Brasil”.

ro/jpm/glmv

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