Segundo a Confederação Nacional dos Dirigentes Municipais de Saúde (Confusam), em 2023, ocorreram 7.184 ataques em serviços de todo o país, número que vem aumentando neste ano.
Ao referir-se ao tema, a ministra do Interior, Carolina Tohá, anunciou que na próxima sexta-feira será realizada uma reunião do Gabinete Prosegurança onde serão analisadas diferentes alternativas.
Entre eles mencionou a colocação de mais câmeras e melhores sistemas de iluminação e comunicação.
Questionada sobre a possibilidade de colocar guardas armados no interior dos centros de saúde, disse que isso está a ser avaliado e estudado em profundidade porque implicaria maior logística e esforços.
“Os seguranças exigem uma série de elementos, condições e exigências maiores. Por isso não se trata de chegar e decidir”, disse o proprietário em conferência de imprensa.
O tema também foi analisado durante reunião da ministra da Saúde, Ximena Aguilera, com dirigentes do Confusam.
O chefe da pasta explicou que, embora os progressos devam continuar, desde 2022 foram distribuídos mais de três mil e 900 milhões de pesos (quatro milhões de dólares) para medidas de segurança nos municípios, incluindo os chamados botões de pânico.
Gabriela Flores, presidente da Confusam, manifestou, por sua vez, que o interesse do sindicato é proteger, sobretudo, os serviços de cuidados primários, que são a primeira linha.
“Em Alto Hospicio, no norte do país, nossa gente trabalha com coletes à prova de balas e capacetes”, denunciou.
A questão ganhou destaque a partir de dois atos de violência registrados nos Centros de Saúde da Família dos municípios de La Granja e Puente Alto.
Na primeira delas, um adolescente chegou esfaqueado nas costas e minutos depois um indivíduo armado entrou no local com a intenção de matá-lo.
Enquanto isso, na clínica Bajos del Mena, no município de Puente Alto, traficantes de drogas ameaçavam de morte os funcionários caso tratassem os feridos de gangues rivais.
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