Em uma declaração, essas organizações condenaram a violência passada e presente derivada do processo que começou em 12 de outubro de 1492 com a chegada do navegador Cristóvão Colombo a esse continente.
Nesse sentido, elas denunciaram qualquer tentativa de “impor uma lenda cor-de-rosa ou glorificar os perpetradores e ideólogos da colonização”.
O documento afirma que a chegada dos europeus em solo americano foi o início da colonização do mundo e a conversa da história humana em uma única história.
Ele afirma que hoje o legado dos oprimidos e, acima de tudo, o da resistência incorporada naqueles que se revoltaram há cinco séculos contra os europeus é justificado.
Cuba comemora o dia 12 de outubro como uma oportunidade para abordar a necessidade de reconhecer e compreender o processo de colonização e a violência associada, em vez de celebrá-lo como uma “descoberta” ou o “Dia de Colombo”.
De acordo com Rolando Julio Rensoli, professor da Universidade de Havana e vice-presidente da Comissão José Antonio Aponte (contra o racismo) da União Nacional de Escritores e Artistas de Cuba, o aniversário comemora a violência cultural e armada; “é um dia de todas as violências possíveis”.
Devemos nos lembrar do processo colonizador que começou naquela época: não houve descoberta, não foi um encontro intercultural, foi o início da violência, observou ele em uma entrevista concedida neste dia à televisão nacional por ocasião da efeméride.
Ele também afirmou que o programa de descolonização cultural em Cuba, que anda de mãos dadas com o Programa Nacional contra a Discriminação Racial, tem a tarefa de desconstruir termos que obscurecem a compreensão das consequências desse processo colonizador.
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