O porta-voz do Comando Geral da Polícia, subcomissário Mateus Rodrigues, informou que, de 13 de setembro a 3 de outubro, as operações levaram à recuperação de 204.649 litros de gasolina, 382.190 litros de diesel e 1.665 litros de óleo, avaliados em 12 milhões 933 mil e 800 kwanzas (cerca de 14 mil dólares).
Em declarações ao Jornal de Angola, ele explicou que o produto foi enviado à Procuradoria-Geral da República para cumprir as medidas legalmente exigidas e iniciar o processo contra 12 pessoas presas pela atividade de contrabando.
A fronteira com a RDC foi onde se registrou o maior número de incidentes dessa natureza, resultando na apreensão de dois barcos artesanais usados para transportar combustível, além de sete veículos e 10 motocicletas, que também fazem parte da cadeia de comércio ilícito.
Em 13 de setembro passado, o Ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente, Francisco Pereira Furtado, considerou o contrabando de combustível como um fator de instabilidade em Angola.
O fenômeno também é uma preocupação de segurança nacional, disse Furtado, que abordou a questão em uma reunião com membros do governo provincial de Cabinda, uma das regiões mais afetadas devido às suas fronteiras com a República do Congo e a RDC.
Ele explicou que esse problema está associado a outros problemas, como migração irregular, tráfico de pessoas, tráfico e contrabando de armas e pesca ilegal.
Furtado destacou, em particular, a insegurança em torno das plataformas de petróleo e as restrições que o fenômeno cria para as empresas do setor, bem como os riscos que representa para os objetivos estratégicos instalados ao longo da costa marítima de Angola.
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