Em sua intervenção no evento, Gajardo abordou em particular os desafios enfrentados pelas nações da região em termos de questões penitenciárias.

“Acho que todos nós temos os mesmos desafios, em um grau maior ou menor. Temos uma superpopulação carcerária, dificuldades com a segurança e problemas com a reintegração social”, disse ele.

Ele advertiu que o crime organizado na região usou essas fraquezas do Estado para crescer e muitas gangues criminosas que operam hoje surgiram precisamente dos sistemas penitenciários.

Gajardo informou que seu país está trabalhando em uma política destinada a criar 15.000 novas vagas nas prisões até 2030 para reduzir a superlotação e ter um sistema de segurança máxima para os presos mais perigosos.

O subsecretário participou da reunião de representantes de instituições de justiça e segurança da América Latina e de organizações regionais para analisar a segunda fase do Programa de Assistência contra o Crime Organizado Transnacional (Paccto 2.0).

Esse projeto surgiu como parte dos acordos firmados na cúpula da União Europeia e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (UE-Celac), realizada em julho de 2023, com o objetivo de construir uma aliança entre as duas regiões para combater o flagelo.

Javier Samper, diretor do Paccto 2.0, explicou à Prensa Latina que o programa foi estendido aos países do Caribe e que um de seus pontos focais é a luta contra a dimensão econômica do crime organizado.

Temos uma equipe muito grande de especialistas em questões como o tráfico de drogas e armas, a luta contra o crime ambiental, a recuperação de ativos, o crime cibernético e a segurança prisional, disse ele.

Ele informou que representantes de países da América Latina e do Caribe e observadores de organizações como a Associação Ibero-Americana de Ministérios Públicos, a Comunidade de Polícias das Américas e a Conferência de Ministros da Justiça dos Países Ibero-Americanos estão participando do evento.

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