18 de October de 2024
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Questionam o discurso de Noboa sobre a situação energética do Equador

Questionam o discurso de Noboa sobre a situação energética do Equador

Quito, 18 out (Prensa Latina) Usuários de redes sociais, analistas e o ex-presidente Rafael Correa questionam hoje o discurso do presidente equatoriano Daniel Noboa, proferido na noite desta quinta-feira para divulgar a situação energética do país.

“Daniel Noboa mente novamente quando diz que só dependemos da água”, disse Correa através de sua rede social X.

O ex-presidente lembrou que sempre houve energia térmica de reserva, “mas deixaram destruir o parque termoelétrico”, disse.

Correa reiterou que, se diante da já conhecida época de seca tivessem feito a coisa certa desde o início, “não teríamos crise”.

Não é possível ter segurança energética sem backups, enfatizou Correa.

Neste sentido, o cientista político Darío Dávalos concordou que seria bom estudar a informação técnica que sustenta os últimos anúncios do Executivo.

Para Dávalos, a próxima diminuição dos apagões no país deverá basear-se em pelo menos três reforços técnicos.

O especialista mencionou as chuvas torrenciais no Sul para a recuperação imediata das hidrelétricas, a instalação de mais geração térmica e a Colômbia voltar a vender eletricidade ao Equador.

“Tenho dúvidas quanto ao primeiro. Veremos o segundo entre novembro e dezembro deste ano, como as próprias autoridades indicaram. E quanto ao terceiro, não se sabe se os colombianos mudaram de ideia”, disse Dávalos.

Por sua vez, o analista político Mauro Andino descreveu o discurso de Noboa como “natação de um náufrago”. Ele culpa o passado, as hidrelétricas, a falta de chuvas, as mudanças climáticas, a ausência de energia alternativa, mencionou. Andino lembrou que no debate presidencial Noboa disse que resolveria os apagões em nove meses e que se tratava de uma questão de “transmissão, não de geração”.

Ele fez da mentira sua estratégia de campanha e a manteve como forma de governo, concluiu.

“Um governo que também não tomou precauções para evitar o desastre energético em que estamos, uma seca terrível que já estava prevista. Não, nada mais convence”, denunciou também o usuário identificado como SoleZH.

Na noite desta quinta-feira, o presidente dirigiu-se aos equatorianos em vídeo publicado em suas redes sociais, acompanhado das ministras Inés Manzano, de Energia e Minas; e Sonsele García, da pasta de Produção.

No seu discurso, Noboa garantiu que o racionamento de energia no território nacional continuará dividido em dois blocos, mas diminuirá gradativamente para as áreas residenciais.

Da mesma forma, revelou que o Governo decidiu adiantar para Novembro a medida de subsídio às contas de consumo de electricidade até 180 quilowatts (Kw).

“O Estado vai subsidiar os primeiros 180 kW de consumo em áreas residenciais em todo o país”, disse.

Entretanto, o ministro Manzano justificou a crise atual colocando ênfase no fato do país depender das hidroelétricas e hoje, devido ao impacto da seca e das alterações climáticas, o colapso era inevitável.

Ressaltou que o Executivo realiza ações para diversificar a matriz energética com projetos solares, eólicos e geotérmicos, entre outros.

O Equador enfrenta a seca mais severa das últimas seis décadas, bem como a falta de investimentos no setor, o que fez com que os cortes de energia fossem mais longos a partir de 23 de setembro.

A falta de energia elétrica complica as atividades quotidianas, de trabalho e produtivas do país, cujo setor empresarial estimou em 12 milhões de dólares o prejuízo por cada hora de corte.

Ao mesmo tempo, a rejeição ao Presidente Noboa pela sua gestão da crise energética está crescendo, inclusive ontem houve protestos estudantis na cidade de Cuenca, no sul do país. mem/nta/jb

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