Após a cerimônia de inauguração do centro médico, onde esteve presente uma delegação da ilha composta pelo Ministro da Saúde, José Angel Portal; filha de Díaz Argüelles, Natacha; e uma representação de quem lutou no país, o presidente disse que o nome é uma homenagem a quem derrama seu sangue nestas terras.
O chefe de Estado comentou à imprensa que a instituição leva o nome de um grande lutador pela liberdade, cujo contributo em duas das mais importantes batalhas da história de Angola foi muito relevante.
Referiu-se à Batalha de Kifangondo, cuja vitória permitiu declarar a independência nacional em 11 de novembro de 1975; e a Batalha do Ebo, apenas um mês depois de Angola ter saído livre do colonialismo, e que impediu a África do Sul de avançar em direção a Luanda e perder o que havia conquistado, explicou.
Depois disso houve outras batalhas, mas estas foram fundamentais para o momento em que ocorreram e qualquer uma delas poderia ter determinado que não éramos independentes ou que o teríamos conseguido muito mais tarde, com um custo maior de sangue e suor angolano, argumentou Lourenço.
O presidente desempenhou o papel de Díaz Argüelles, que juntamente com os combatentes angolanos e um pequeno contingente cubano, alcançou vitórias essenciais.
Acrescentou que ao nomear o hospital desta forma também prestam homenagem a todos os combatentes cubanos que derramaram o seu sangue e perderam a vida em Angola desde 1975 e durante muitos anos, lutando lado a lado com os angolanos para preservar a independência e a soberania.
Raúl Díaz Argüelles foi o primeiro chefe da missão militar cubana em Angola e morreu a 11 de Dezembro de 1975, quando o transportador blindado em que viajava fez contato com uma mina antitanque no Ebo.
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