15 de November de 2024
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Organizações populares no Panamá defende sistema de seguro solidário

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Cidade do Panamá, 21 out (Prensa Latina) Organizações membros da aliança Pueblo Unidos por la Vida do Panamá insistiram hoje que defendem o sistema de solidariedade para salvar o Fundo de Segurança Social (CSS) da crise.

O porta-voz daquele grupo, Marcos Andrade, disse que na quarta-feira, quando se reunirem com o Presidente da República, José Raúl Muilno, para resumir as propostas indicadas nos quadros temáticos e que apoiarão um projecto de lei neste sentido, exigirão que seja levado em conta Os critérios da maioria da população contam.

O secretário-geral da Confederação Nacional de Unidade Sindical Independente (Conusi) afirmou ainda que se oporá a medidas paramétricas como o aumento da idade de reforma e das cotas empregador-trabalhador, que são defendidas pelo atual diretor do CSS, o empresário Dino Mon.

Andrade rejeitou também a forma unilateral como o Executivo decidiu levar esta iniciativa legislativa à Assembleia Nacional (parlamento unicameral) no dia 6 de novembro, caso não tenha a aprovação de pelo menos 10 grupos de 11 participantes naquelas conversações, instalados há mais de um mês.

No dia 17 de outubro, as organizações entregaram uma Carta Aberta ao presidente do Panamá na qual exigem o sistema de solidariedade para a proteção do pagamento de pensões e benefícios médicos.

A carta traz 10 pontos, sobre as principais reivindicações dos trabalhadores, entre outras que os empregadores contribuem para o programa Invalidez, Velhice e Morte com o mesmo valor para cada trabalhador.

O Estado deve ser o principal apoio para garantir o pagamento e o aumento das reformas e pensões, através de contribuições sólidas, reafirmando a necessidade de solidariedade nas pensões e a rejeição da sua privatização (contas individuais), sublinha o texto.

Exige também a limpeza da administração do CSS e o fim da corrupção, o reforço da sua autonomia e que os membros do seu Conselho de Administração sejam selecionados pelas suas organizações e não pelo Governo.

Por outro lado, exigiram o fim da máfia farmacêutica e da escassez de medicamentos, o combate aos empresários evasivos e pensões especiais para trabalhadores de alto risco, entre outras reivindicações.

Os sindicatos e outras associações defendem o sistema solidário que funcionou até 2005, quando o Governo do ex-presidente Martín Torrijos (2004-2009) fez uma reforma estrutural no CSS, criando outro modelo de reforma ou pensões que combina o Sistema de Benefícios Exclusivamente Definidos com um novo sistema misto de poupança individual.

Para vários analistas, esta mudança foi a raiz do problema, uma vez que o sistema de repartição definido ficou sem contribuintes e atualmente o CSS enfrenta um défict de 673 milhões de dólares num dos dois subsistemas de pensões (no definido benefício um), o que poderá fazer com que fique sem fundos no final deste ano.

dfm/ga/ls

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