A fonte próxima ao processo disse à Prensa Latina que os três militares superiores deverão responder “muito em breve” perante a justiça salvadorenha, o que é considerado pelos observadores uma muito boa notícia para o caso e para a luta contra a impunidade no país.
Um comunicado divulgado esta terça-feira pela Fundação Comunicarnos, pela Associação Salvadorenha de Direitos Humanos (Asdehu) e pela Mesa Redonda contra a Impunidade em El Salvador confirmou que a Câmara Criminal rejeitou o apelo dos defensores dos ex-militares.
“Estamos nos aproximando do início do julgamento contra altos comandantes militares salvadorenhos”, afirmava o texto.
O juiz do Tribunal de Primeira Instância de Dulce Nombre de María, Chalatenango, decidiu em 22 de agosto de 2024 colocar no cargo o ex-ministro da Defesa, general José Guillermo García, e o ex-diretor da Polícia da Fazenda, coronel Francisco Antonio Morán. julgamento.
A mesma decisão afetou o ex-comandante da 4ª Brigada de Infantaria, sediada em El Paraíso, Chalatenango, coronel Mario Adalberto Reyes Mena, que enfrenta um processo de extradição dos Estados Unidos, onde reside.
O General García e o Coronel Morán estão em prisão provisória desde 14 de outubro de 2022, permanecendo detidos no Hospital Batista de San Salvador, afirma o comunicado.
A decisão da Câmara Criminal de Santa Tecla é mais um passo na exigência de verdade e justiça para o crime contra a humanidade cometido contra Koos Koster, Jan Kuiper, Joop Willemsen e Hans ter Laag, destaca o texto.
Agora, frisou, os altos comandantes militares das Forças Armadas de El Salvador terão finalmente que enfrentar a justiça salvadorenha e explicar porque usaram o aparato organizado do poder militar para reprimir e silenciar a verdade.
“Continuamos firmes na nossa convicção e esperamos que a impunidade não seja mais tolerada e que a verdade venha à tona. A impunidade de ontem é a impunidade de hoje!”
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