O apelo do presidente foi feito depois que o principal candidato da oposição, Venancio Mondlane, denunciou uma possível fraude em favor do candidato da Frente Governamental para a Libertação de Moçambique (Frelimo), Daniel Chapo.
Nyusi criticou a instigação de manifestações na quinta e sexta-feira, convocadas pelo oposicionista Venancio Mondlane, e garantiu que os resultados finais ainda não são conhecidos e que a comissão eleitoral ainda não anunciou um vencedor.
Por outro lado, o presidente moçambicano denunciou as tentativas de desinformar o mundo e criar o caos para fins políticos que podem ser considerados atos criminosos.
O chefe de Estado também condenou o assassinato de Elvino Dias, assessor jurídico de Mondlane, e de Paulo Guambre, representante jurídico de seu partido político, o Partido Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos), e pediu uma investigação rápida para esclarecer os fatos e encontrar os responsáveis.
Os resultados adversos à aspiração presidencial de Mondlane surgiram logo no início, após a divulgação da contagem de votos na capital, segundo a qual o partido Frelimo registrou 54% dos votos, Mondlane 34% e o terceiro concorrente apenas 9%.
As eleições presidenciais foram convocadas tendo como pano de fundo os efeitos devastadores de uma seca prolongada em vários estados africanos e os efeitos de ataques armados de grupos armados baseados na província de Cabo Delgado, no leste do país.
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